Você conhece os hackers que fazem caridade?

dezembro 24, 2020
Hacker são conhecidos mundialmente por sua incrível habilidade de conseguir invadir sistemas altamente seguros como NASA, Pentágono, CIA, empresas multinacionais, órgãos públicos, entre outros sistemas.
Em muitos casos nem precisam estar no mesmo país, mesmo do outro lado são capazes de invadir qualquer sistema que esteja conectado por uma rede de comunicação.
Alguns desses profissionais são contratados justamente para fazer testes na área de segurança. Com suas técnicas e habilidades, eles conseguem verificar se a ciber segurança de um determinado sistema está eficaz.
O que algumas pessoas não sabem, é que esses hackers estão roubando dinheiro e transferindo para organizações de caridade, afim de “fazer o bem” para os mais necessitados. Algo muito semelhante a ficção contada em Robin Hood.
Claro que isso ainda é um tipo de crime, pois se trata de roubo. Conhecido como Darkside, esse grupo pode ter chegado a roubar milhões de dólares de várias empresas. Julgando que passando esse dinheiro para instituições de caridade estão ajudando o mundo a melhorar.
Há várias técnicas que são usadas por esses profissionais, como arquivos maliciosos, por meio da rede ou até mesmo por hardware conectado nos equipamentos da máquina. A técnica que esse grupo utiliza é conhecido como Ransonware.
Esse ataque é conhecido quando os criminosos querem bloquear o sistema para que não possa ser acessado. Para que o sistema seja liberado, é necessário fazer um pagamento na conta bancária do hacker.
Como as instituições reagem?
Aceitar ou não algo assim que chega a milhares de dólares, é algo bem complexo de se pensar, quando se coloca a ética, algo que pode estimular ainda mais a prática e a necessidade que se encontra a instituição.
Por mais que os próprios autores desses roubos saibam que essa atitude é criminosa, acreditam que estão ajudando outras pessoas a ter mais qualidade de vida.
Esse grupo chega até publicar os recibos e suas doações feitas nas instituições, algumas dela são as The Water Project e Children International.
Essa prática é de boa ou má conduta?
Para os analistas de seguranças de grandes empresas, essa conduta não passa de pessoas com má índole querendo se disfarçar de pessoas que ajudam uma população ao invés de serem vistos como criminosos.
Isso não é algo comum de ser visto. O que é geralmente é visto são grupos que fazem ameaças e assim que conseguem a recompensa não deixam mais nenhum tipo de rastro.
Como tem suas identidades e também sua localização é algo difícil de conseguir, é questionável como são essas pessoas na vida real.
Pode ser pessoas que cumprem seus deveres como cidadão, tenham um emprego fixo que realizam todas usas tarefas com êxito. Podendo ser pais de famílias que cuidam de seus filhos com todo zelo do mundo, e ainda sim, quando conectado roubam milhares de dólares pelo mundo.
Há vários grupos que são unidos mesmo trabalhando com intenções e meios diferentes. Há hackers que fazem o que estamos costumados a ver, ataques em troca de dinheiro para benefícios próprios.
Como os hackers fazem os pagamentos?
Atualmente, por meio da tecnologia e a grande variação de formas de transição de dinheiro, fazer doações anônimas não algo tão complicado.
The Giving Block, é uma organização sem fins lucrativos, tendo suas estruturas localizadas no mundo inteiro.
Por meio dessa instituição, você consegue fazer transferências com criptomoeda. É algo ainda novo e muitas empresas e instituições tem vínculo com essa organização.
Em um artigo da BBC, a empresa alega não saber que essas doações vinham de fontes criminosas. Porém, haverá toda uma verificação para tentar descobrir se essas doações estavam vindo de hackers.
Como a doação é por criptmoeda, é mais fácil rastrear e pode ser que consigam devolver esse dinheiro. Único porém, é não se sabe se é para quem doou ou para a possível vítima.
Claro que não é algo tão simples de diagnosticar e resolver. Porém, instituições estão trabalhando para encontrar uma forma de que seja possível impedir de receber dinheiro de criminosos.
Pode ser com o avanço da segurança da informação seja possível filtrar de forma mais detalhada. Esse mercado de criptomoedas talvez seja possível garantir que os autores desses crimes sejam descoberto, mas ainda é algo que especialistas ainda estão analisando.
Como é algo que não é comum de acontecer e também não são todas as pessoas que usam esse tipo de moeda, é ainda algo que precisa ser estudado e analisado por vários pontos de vista, como leis, condutas, tecnologia e profissionais que possam verificar esse tipo de prática.
Se algo assim começa a ficar frequente, várias instituições podem sofrer grandes lucros e prejuízos por meio dessa prática. E a pergunta que fica, quem poderá impedir e como se proteger?