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Primeiro Voo com Combustível a Hidrogênio

Primeiro Voo com Combustível a Hidrogênio

By carolcfuenmayor

Recentemente a ZeroAvia fez o primeiro voo comercial em uma aeronave elétrica sendo movida a hidrogênio, algo nunca feito na história. Neste voo inédito, durando 20min, a aeronave decolou de um campo de aviação, localizado em Bedfordshire, Inglaterra, e passou por regiões do sul do país.

A empresa afirma que está analisando oferecer esses voos de duração menor para todos os tipos de públicos. No futuro, irão trabalhar para que essa tecnologia consiga fazer viagens com duração bem maior, a estimativa é de aproximadamente três anos. No momento o que está faltando é infraestrutura de suporte.

A meta inicial é que seja possível em voos mais longos iniciar com 400 quilômetros de distância.

Os Desafios Para Desenvolver a Infraestrutura

Para David Gleave, investigador de segurança da aviação e pesquisador da Universidade de Loughborough, “não se trata apenas de uma questão de criar aviões baseados em hidrogênio e fazê-los funcionar, precisamos da infraestrutura no solo para dar suporte a tudo”.

No momento, ainda não é possível manter uma grande quantidade de voos a hidrogênio. Isso por causa da infraestrutura que tem atualmente, não é adequada à nova tecnologia, nem para o abastecimento. Além disso, os aviões ainda precisam de vistorias para se enquadrar as normas de segurança.

A presença do Airbus

O ato da ZeroAvia aconteceu dias depois que a Airbus informou que pretende hidrogenar sua frota de aeronaves.

Mesmo sendo uma grande potência no ramo de companhia área do mundo, desenvolver essa ideia na prática, para a Airbus, ainda há um grande desafio para implementar uma boa infraestrutura. E ainda seria um desafio muito maior por precisa de mais investimento comparado ao tamanho da ZeroAvia. Por isso a AirBus colocar o projeto de hidrogênio a partir de 2035.

Aviões Movidos a Eletricidade

A NASA aprovou o financiamento para um projeto que tem como objetivo projetar uma nova tecnologia para que aviões sejam alimentados por meio de eletricidade.

O conceito é utilizar as promissoras, porém, ainda não completamente usual, células a combustível a hidrogênio.

“Essencialmente, o programa se concentra no desenvolvimento de uma plataforma de aeronave totalmente elétrica que usa hidrogênio líquido criogênico como método de armazenamento de energia,”explica o professor Phillip Ansell, da Universidade de Illinois, que irá comandar o  CHEETA, sigla em inglês para “Centro de Tecnologias Elétricas Criogênicas de Alta Eficiência para Aeronaves”.

A energia química do hidrogênio será convertida diretamente em eletricidade em uma série de células a combustível, que então alimentarão motores elétricos de alta eficiência. O projeto pretende desenvolver esses motores de alta potência usando supercondutores, aproveitando o aparato criogênico que será necessário para manter o hidrogênio em segurança no interior dos tanques.

“É semelhante ao modo como os aparelhos de ressonância magnética funcionam,” disse Ansell. “No entanto, esses sistemas de transmissão elétrica ainda não existem, e os métodos para integrar tecnologias de propulsão acionadas eletricamente em uma plataforma de aeronave ainda não foram estabelecidos. Esse programa procura resolver essa lacuna e fazer contribuições fundamentais em tecnologias que viabilizarão os aviões totalmente elétricos do futuro.”

NASA Inicia o Desenvolvimento de Avião Elétrico a Hidrogênio

O local responsável pela criação conta com a colaboração de engenheiros de 5 universidades, assim como auxílios da Boening e a General Electric.

“Os avanços nos últimos anos em máquinas e motores não criogênicos trouxeram a propulsão elétrica dos jatos comerciais regionais para mais perto da realidade, mas os sistemas criogênicos práticos continuam a ser o ‘santo graal’ para as aeronaves grandes por causa de sua incomparável densidade de potência e eficiência. As parcerias que foram estabelecidas para este projeto nos posicionam bem para lidar com os obstáculos técnicos significativos que existem ao longo deste caminho,”explica Kiruba Haran, membro do grupo.

É um modelo totalmente sustentável?

“Esperamos desempenhar um papel de liderança na transição mais importante que nossa indústria verá”, mencionou em um comunicado Guillaume Faury, presidente executivo da Airbus, grupo que deseja “tornar-se líder na descarbonização da indústria aeronáutica”.

O modelo Zeroe,  emissões zero, é o novo modelo batizado da Airbus que não irá emitir nenhum poluente, pois o resultado produzido é apenas vapor da água.

O primeiro modelo de teste é um  turborreator “de configuração clássica”, segundo explica Guillaume Faury ao jornal Le Parisien. Pode carregar até 200 passageiros, e consegue fazer viagens superiores a 3.500 km, sendo movido por uma turbina com hidrogênio.

O coração dos motores de um avião é uma turbina de gás” na qual o querosene vaporizado é queimado — explicou o diretor-geral da aviação civil (DGAC) francesa, Patrick Gandil.

O segundo desenvolvimento seria um modelo regional turboélice com uma capacidade de até 100 passageiros, chegando a uma distância de 1.800km. O ultimo modelo, é baseado em uma imagem mais futurista, sendo similar a uma nave espacial com características parecidas ao do turborreator.

Investimento na infraestrutura

A Airbus tem um grande foco na área de hidrogênio, pois analisando as formas e tecnologias para voos sem emissões de CO² é uma grande oportunidade.

A empresa está sob grande pressão de dois governos, alemão e francês, cujo são seus maiores acionistas, para que diminua a emissão de poluentes e acelere a criação de novos aviões depois de ter aceitado ajuda do governo durante a esta pandemia.

Os governos dos dois países prometeram aproximadamente 2,5 bilhões de eurospara uma propulsão mais limpa.

Para que esse grande projeto tenha sucesso é preciso de um conjunto de operações, como apoio dos governos para financiar, assim como o apoio das companhias aéreas de não usar mais as aeronaves mais antigas, conforme disse a Airbus.

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